Carnívoros ou onívoros?

Os seres humanos são oportunistas. Para sobreviver, buscavam alimento também num animal morto, não dependendo somente da colheita, visto que os vegetais crescem de temporada em temporada. Mas por que utilizar esse exemplo dentro de uma sociedade pós-moderna do século XXI, onde grãos, vegetais, frutas, cereais, tubérculos etc. podem ser encontrados em feiras, hortifrutis e mercados?
Tudo está na palma das nossas mãos e existe a possibilidade de optar por comida x ou y. Ao lado do açougue do mercado, existem as bancas de vegetais, que são, inclusive, mais baratos, e o único motivo que se tem de optar pela carne é o agrado ao paladar. Por que valorizar um prazer a ponto de não se importar com o sangue derramado cruelmente dos animais?
O homem não tem a mesma configuração biológica que um carnívoro nato, por exemplo. O estômago de um carnívoro é 20 vezes mais ácido do que o do homem e seu intestino não é tão comprido como o do humano, sendo naturalmente fácil ao carnívoro digerir a carne. Nosso meio de matar um animal é com armas, facas etc., e não com garras ou dentes afiados e mandíbula extremamente fortes. Nossa constituição não se assemelha nem um pouco à de um carnívoro.
No quesito saúde, uma das causas da constipação é o consumo da carne (principalmente bovina) e a má digestão pode acarretar diversas doenças — depressão, ansiedade, inflamação do intestino e corpo como um todo, acne etc. —, além das doenças cardiovasculares, diabetes etc. influenciadas pelo grande consumo da carne. Nosso intestino é como é para conseguirmos absorver os nutrientes com maior eficácia e podermos depender dos alimentos que vêm da terra sem preocupação alguma.
Não há necessidade nutricional ou indício biológico algum para que se consuma carne. Não estamos no topo da cadeia alimentar.